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Arquitetos: OVERCODE architecture urbanisme
- Área: 648 m²
- Ano: 2021
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Fotografias:DAVID FOESSEL
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Fabricantes: GPS-Glass, Isonat, Knauf, Multiwal, Tarkett, Technal
Descrição enviada pela equipe de projeto. A Prefeitura de Etampes queria construir um novo centro comunitário para o bairro de Croix de Vernailles, uma moderna área urbana construída nos anos 60 no topo de uma colina ao norte do centro da cidade. As instalações existentes estão dispersas em três edifícios diferentes no bairro, tornando muito difícil a criação de um projeto social coeso. Além disso, nos últimos anos, o bairro tem visto um aumento dramático da população, tornando os espaços existentes muito pequenos.
O projeto do Centro Comunitário Rosa Parks visa capacitar adultos, famílias e crianças necessitadas. O Centro proporciona à comunidade uma multiplicidade de atividades recreativas e programas educacionais para minorias com baixo nível educacional. O centro serve, entre outras funções, como um lugar de encontro, partilha e vínculo para criar um sentimento de pertencimento e identidade no bairro.
Para tanto, a prefeitura disponibilizou um local central no bairro, bem no topo da colina, na fronteira da área urbana. A principal conexão acontece através do Boulevard Montfaucon que contorna a colina. O local tem uma paisagem completamente aberta com algumas árvores e uma vista fantástica do bairro e das colinas mais distantes.
A ideia do projeto gira em torno do conceito de construir na paisagem ou construir (a) paisagem. De modo a pertencer ao local, projetamos uma estratégia de barras programáticas perpendiculares à estrada, que nos permitem criar uma interface entre a cultura e a natureza, a construção e a paisagem. As barras são capazes de "negociar" as restrições de programa e luz, para conectar as diferentes atividades com o território.
As barras do edifício são unidas em um ponto central para criar um ambiente onde todas as atividades se unem, onde todos os usuários se encontram, como um condensador social. Com esta operação, todas as funções estão interligadas e uma forte conexão é criada entre usuários, paisagem, edifício e vizinhança. Além disso, uma praça pública é configurada na área de entrada não apenas para convidar os habitantes a entrar no novo edifício, mas também para sair e relaxar no topo da colina. O estacionamento foi localizado ao norte do local seguindo as mesmas forças e lógica para se conectar com o novo edifício.
A materialização do projeto tem como referência as construções de aquedutos romanos, um elemento maciço de "concreto" na paisagem. O concreto exposto na fachada exterior proporciona um elemento claro e visível no campo, dando uma nova identidade à região. Tentamos suavizar a percepção do objeto através do uso de cores suaves nos elementos de acabamento. A cobertura inclinada do edifício não só responde às necessidades programáticas, ambientes com pé direito mais baixo para pequenos espaços infantis e escritórios, pé direito maior para o salão, sala dos adolescentes e adultos voltados para o bairro; mas também se refere ideia de um edifício híbrido, meio paisagem/meio edifício, meio dentro/meio fora, meio aberto/meio fechado.
